Entenda o que é neutralidade de rede

Em 2005, a tele americana Madison River resolveu impedir seus usuários de usar o serviço de telefonia pela internet Vonage, bloqueando as chamadas em sua rede. O motivo: a startup concorria diretamente com o serviço de telefonia convencional oferecido pela operadora. A decisão levou a uma batalha entre as duas empresas, que foi parar na Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) e se tornou exemplo do que não é neutralidade de rede, ou seja, o princípio de que todo tipo de conteúdo deve trafegar livremente pela web, sem discriminação.
Para entender o que é neutralidade, basta imaginar a internet como uma grande rede de estradas, por onde trafegam, em vez de carros, pedaços de informação — os chamados pacotes de dados. O princípio da neutralidade prevê todos os pacotes devem trafegar nas mesmas condições, sem bloqueios, nem faixas preferenciais.
A neutralidade é quebrada quando, por exemplo, o administrador dessas estradas — nesse caso, o provedor de internet — decide que determinado pacote não vai trafegar pela rede porque não é de seu interesse que aquele conteúdo circule por ali — como ocorreu com o caso da Madison River, em 2005. Ou então o contrário: determina que alguns pacotes podem trafegar mais rapidamente, mediante pagamento de uma taxa extra.
NA PRÁTICA, CONSUMIDOR PODE PAGAR MAIS