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Balanço de final de ano


Fim de ano: tempo de balanços e retrospectivas! Como costumo (e gosto muito de) conversar com as pessoas, sempre antes ou depois das reuniões que participo, acaba sendo inevitável não analisar os sentimentos em pauta no final de cada ano. Por isso, enquanto pensava neste texto, achei a temática bem apropriada: partilhar o que tenho visto e sentido no mercado midiático. Contudo, desta vez, não com o foco nos meios e nas plataformas, mas nas pessoas! Sim. Exatamente nas pessoas que atuam nos meios, nas agências e nas plataformas de mídia.

O primeiro destaque vai para a percepção de grande parte dos profissionais com quem ando interagindo. Estes são uníssonos na constatação de um cenário midiático complexo, multifacetado e veloz. Justamente por isso, mesmo em meio à crise política e econômica na qual estamos imersos, tais profissionais “midiáticos” enxergam mais oportunidades do que problemas. Até aqui tudo é bastante positivo. Afinal, vemos otimismo e esperança para os negócios que envolvem as mídias, as plataformas e os suportes. Mas, infelizmente, não é apenas isso que é expresso nas nossas conversas...

É igualmente recorrente que os profissionais enxergam que a mudança é mais expressiva pela ampliação do online. E isso, consequentemente, atinge, mas não beneficia a todos. Visto que alguns pagarão um preço maior nessa transformação de mercado - que é verdadeiramente revolucionária - e reverbera em todos os meios, mas também no mercado de marketing. Ao mesmo tempo, tenho percebido que as pessoas acreditam que as grandes mudanças são processuais e estão sendo incorporadas de forma natural e orgânica. Menos mal! Estamos digerindo gradual e continuamente um “mundo novo” que se descortina diante dos nossos olhos...

Da mesma forma, não dá para não notar um ‘turbilhão de angústias” nos assediando. Este que surge mesmo em meio às falas mais otimistas. A angústia da aceleração da vida, da não detenção de todas as respostas, a angústia da emergência de tantos caminhos, gerando a cobrança constante de novas proposições.

Talvez, tudo isso não seja apenas fruto do período propíci